quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A aventura

1º Dia: (26 Maio 2008)

Saída de Lisboa a chuviscar, apanhamos a A8 seguimos em direcção a Lourinhã para irmos ao Museu dos Dinossauros. Infelizmente estava fechado porque os Museus fecham às segundas-feiras ...pois... – fica para uma próxima.
O dia começou a ficar mais solarengo e nós seguimos viagem pela N247, passamos pela Praia do Areal, fomos até ao Cabo Carvoeiro (Peniche) – Farol do Cabo com 25 m de altura; uma paisagem linda sobre o Oceano Atlântico, falésias e onde se pode ver o arquipélago da Berlenga;
Almoçamos no Baleal (peixinho grelhado) e depois fomos passear pelo Baleal «O Baleal herdou esta denominação da função que estes rochedos desempenharam no passado de local de baleação. Esta pequena ilha era o local de corte e talhe das baleias que na sua rota migratória dos mares do Norte eram alvo da cobiça dos pescadores da vila da Atouguia da Baleia.» (net) – Adoramos :)
A caminho de S.Martinho do Porto passamos pela Lagoa de Óbidos onde se via a frente Foz do Arelho (que é banhada pelo mar e pela lagoa); passamos pela Aldeia dos Pescadores (engraçado o nome das ruas: Bairro Um, Bairro Dois...).
S.Martinho do Porto com a baía no formato de uma concha: « A baía de S. Martinho do Porto é o último vestígio de um antigo Golfo que até ao século XVI se estendia a Alfeizerão e que se abre ao Oceano através de uma barra, com cerca de 250 metros de largura, entre os morros de Santana, a Sul, e do Farol, a Norte.» (net)
Deixamos a estrada a beira mar e fomos para Alcobaça porque amanhã vamos ao Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.
Jantamos o prato típico da região que é o frango na púcara «um frango guisado aos pedaços com bastante molho de receita secreta, mas que inclui cebolinho, acompanhado de arroz branco e batatas fritas». Dormimos num hotel mesmo a frente ao Mosteiro de Alcobaça.


2º Dia: (27 Maio 2008)

Acordamos cedinho, tomamos um pequeno almoço bem fixe e fomos ao Mosteiro de Alcobaça. «A Abadia de Santa Maria de Alcobaça foi construída pelos monges de Cister entre 1178 e 1254.(...) A Igreja, a maior de Portugal, tem três naves de doze tramos cobertas por abóbadas ogivais que culminam num transepto formado por três naves, onde à direita se encontra o túmulo de D. Pedro I e à esquerda o túmulo de D.ª Inês de Castro. Estes dois túmulos góticos, de cerca de 1360, são o testemunho da trágica história de amor entre estes dois personagens da História de Portugal.». Andamos pelo largo e saímos de Alcobaça que está situada na confluência dos rios Alcoa e Baça (daí o nome).
Seguimos para o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, onde visitamos 3 grutas: S.António, Alvados e de Mira de Aire.
Grutas de S. António - foram descobertas por acaso por dois homens que trabalhavam na Pedra do Altar, Porto de Mós, em 1955; calcula-se que existam há 50 mil anos, crescendo as estalactites e estalagmites à razão de um centímetro por cada século.
As Grutas de Alvados - foram descobertas em 1964 por um grupo de trabalhadores das pedreiras de calcário da Serra dos Candeeiros, ao ouvirem o cair das pedras num algar profundo. Calcula-se que as Grutas tenham mais de 180 milhões de anos, formadas na idade média jurássica, quando os dinossáurios habitavam a região.
Grutas de Mira de Aire - descobertas em 1947, foram as primeiras a ser descobertas nesta região. A entrada está a 200m de altura, chegando no interior a atingir 180 metros de profundidade. A formação destas Grutas remonta há mais de 150 milhões de anos, na Idade Média Jurássica, altura em que os dinossáurios habitavam esta região.
Seguimos viagem (voltando um pouco para trás pois queremos seguir a beira mar) e passamos por Porto de Mós para visitarmos o Castelo de Porto de Mós (conhecido também como Castelo de D. Fuas Roupinho) « Erguido sobre um outeiro, em posição dominante sobre a povoação, o seu nome está ligado ao de D. Fuas Roupinho, imortalizado nos versos de Camões» (net)
Depois seguimos até Nazaré (Sítio) + Farol;
Chegamos a S. Pedro de Muel («Onde a terra acaba e o mar começa») + Farol do Penedo da Saudade e vimos o sol adormecer nas águas do mar – que lindo, que romântico.
Jantamos na Marinha-Grande e dormimos em Coimbra.


3º Dia: (28 Maio 2008)

Andamos por Coimbra, subimos até a Universidade, Sé nova e velha, queríamos ir ao Museu Nacional de Machado e Castro mas estava em obras, fica para a próxima. Passamos pela casa onde viveu Zeca Afonso.
E depois... Conínbriga... que espectáculo. « Trata-se de um vasto sítio arqueológico, que à época da Invasão romana da Península Ibérica constituiu-se na principal cidade do Conventus Scallabitanus, província romana da Lusitânia. É a estação arqueológica romana mais bem estudada no país» (net) cujas escavações datam desde 1899, « Conímbriga é uma das raras cidades romanas que conserva a cintura de muralhas, de planta aproximadamente triangular. O tramo Norte-Sul das muralhas divide a cidade em duas zonas. Particularmente notável pela planta e pela riqueza dos mosaicos que a pavimentam, é a grande villa urbana com peristilo central, a Norte da via. Em trabalhos junto à muralha Sul foi descoberto um grande edifício cuja finalidade seriam termas públicas, com as suas divisões características.» (net)
E aproveitamos para visitar também o Museu Monográfico de Conínbriga.
Seguimos viagem, passamos pela Figueira da Foz (Cabo Mondego), Praia de Mira, Praia da Vagueira, Costa Nova (com as lindas casas pintadas as riscas), Praia da Barra de Aveiro (Farol) e fomos dormir a Aveiro.

4º Dia: (29 Maio 2008)

Passeamos pela Ria de Aveiro e demos uma voltinha por ali perto, pelo largo onde está a Câmara, pela Catedral. Não esquecer de comer os famosos e típicos : os ovos moles.
Depois fomos até Sta. Maria da Feira visitar o Castelo « é considerado como um dos exemplos mais completos da arquitectura militar medieval portuguesa, uma vez que nele se encontra representada a vasta gama de elementos defensivos empregados no período» (net).
Depois procuramos infrutiferamente o Visionarium que fica no Europarque, mas nada de darmos com aquilo, só quando estávamos na A1 é que notámos que deveríamos ter seguido em frente.
Almoçamos na rua 14 com a 29 em Espinho e seguimos até Porto.
Andamos pelo Centro, Av. Aliados, Casa da Câmara, Rua das Flores, Igreja da Misericórdia, Câmara Municipal, Mercado do Bolhão, Painel dos azulejos, Capela Almas de Sta Catarina, Centro Comercial Via Catarina (vale a pena ir ao andar dos restaurantes: como se fosse uma praça ladeada de casas com terraços, etc...lindooooo), na Rua de Sta Catarina também o Café Majestic (recriação dos anos 20); o Coliseu do Porto, Teatro Municipal Rivoli, não podíamos deixar de passar pela Rua 31 de Janeiro (íngreme...) «A Rua de Trinta e Um de Janeiro é um arruamento na freguesia de Santo Ildefonso da cidade do Porto, em Portugal. Durante muito tempo foi chamada Rua de Santo António. O actual nome é uma homenagem à revolta republicana em 31 de Janeiro de 1891, desencadeada como reacção ao Ultimato britânico de 1890.» (net), Igreja de St. Ildefonso, Torre dos Clérigos, Teatro Nacional S. João; Boavista, na rotunda a Casa da Música – que prima por uma estrutura bem diferente, gostei:); seguimos em direcção ao Castelo do Queijo e andamos a beira rio a ver o dia adormecer ao lado do Homem do Leme.
Jantamos e dormimos no Porto. Amanhã é outro dia.


5º Dia: (30 Maio 2008)

Ainda no Porto, fomos até a zona da Ribeira «... em Março de 1809, ocorreu a tragédia da Ponte das Barcas, quando a população, surpreendida pelo avanço das tropas napoleónicas, fugia em direcção a Gaia. Demasiado frágil, a passagem não resistiu ao peso excessivo e acabou por ceder colhendo inúmeras vidas. No mesmo lugar, logo no início do Cais da Ribeira, um baixo-relevo de bronze da autoria de Teixeira Lopes (pai), conhecido como as Alminhas da Ponte, reproduz o acontecimento. Velas sempre acesas e algumas flores, frescas ou de plástico, provam que este se mantém vivo na memória dos locais. A posterior ponte pênsil, cujo pilar de pedra ainda é bem visível, viria a ser substituída pela actual Ponte D. Luís I, inaugurada no último dia de Dezembro de 1886 e desenhada pelo engenheiro belga Theophile Seyrig, colaborador de Gustave Eiffel.», onde partem os Cruzeiros pelo Douro e onde estão os barcos Rabelos que transportavam o Vinho do Porto, do outro lado do rio as Caves do Vinho do Porto, Ponte D. Luís, a muralha Fernandina, Muro dos Bacalhoeiros, Capela da N.Sra do Ó; fomos ao Palácio da Bolsa (começou a ser construído em 1842, com uma mistura de estilos arquitectónicos – neoclássico oitocentista, toscana, neopaladiano inglês; O Salão Árabe é a chamada “cereja em cima do bolo” estuques a ouro com caracteres árabes cobrindo paredes e tecto.), Mercado Ferreira Borges, Estátua D.Infante D. Henrique; Igreja medieval S. Francisco.
Uff acho que foi o principal :) hummm, esqueci-me de dizer que ontem passamos pela Livraria Lello na Rua das Carmelitas, e como eu estava tão mas tão cansada decidimos não entrar “fica para a próxima” pois foi considerada uma das mais lindas do mundo « Fundada em 1906, com a presença no dia de abertura de, entre outros, Guerra Junqueiro, José Leite de Vasconcelos e Afonso Costa, a Livraria Lello, que se estende por dois andares, mantém a traça original. O edifício, projectado por Xavier Esteves, foi construído de raiz em estilo neogótico. Surpreende, a quem ali entra, a escadaria circular, as enormes estantes iluminadas pela suave luz da clarabóia.» (net)
Depois seguimos para Amarante, onde almoçamos e andamos a passear a beira do rio Tâmega.

E no fim para irmos para Vila Real subimos por Alto de Quintela, Mesão Frio, Peso da Régua (os doces são bem fixes humm); Barragem de Bagauste.
Jantamos em Vila Real e seguimos para Lamego.



6º Dia: (31 Maio 2008)

Lamego « Perde-se na bruma do tempo a origem de LAMEGO. Segundo o autor Pina Manique e Albuquerque citado pelo historiador Gonçalves da Costa (1977, p. 45, vol.1), " o topónimo “Lamego” compõe-se dum radical lígure ou ambro-ilírio Lam, e o sufixo aecus, revelador dum gentílico. Lamaecus era, pois, o nome dum possessor dum fundo agrário hispano-romano, insituído no séc. III junto ao burgo que se ia desenvolvendo à roda do castelo..."» « Em 1835, Lamego foi capital de distrito mas haveria de a perder em favor de Viseu, pelo decreto de Dezembro desse mesmo ano, criado pelo ministro do reino, Luís Mouzinho de Albuquerque. Em 1919, com a tentativa de restauração monárquica, Lamego tem de novo a sede efémera de capital de Distrito, por apenas vinte e quatro dias (Almeida, 1968).Já após a implantação da República e sob a presidência de Alfredo de Sousa, Lamego conhece novo surto de desenvolvimento, sendo nessa altura coberto o rio Coura, que até então passava a descoberto pela baixa da cidade.» (net).
Fomos lá acima ao Santuário dos Remédios (de carro) , vereda dos parques. Passeamos pela cidade, Sé Catedral, Casa das Brolhas, Teatro Ribeiro Conceição.
Da parte da tarde fomos a Barqueiros do Douro (Vale Pentieiro).
E amanhã é voltar para casa.


Recomendações:
* Cabo Carvoeiro (Peniche)
* Baleal
* Mosteiro de Alcobaça
* Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, as 3 grutas: S.António, Alvados e de Mira de Aire
* Conínbriga

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